Esta foto foi tirada da margem do rio Douro, na ribeira de Gaia.
Serve de apresentação ao poema Aleluia de Pedro Homem de Mello.
Este poema esteve patente muitos anos no antigo Estádio das Antas, num quadro de azulejos emoldurados, fazendo parte do cenário do hall de acesso à zona do departamento de futebol profissional, aquando da demolição, ficou intacto ainda com restos de parede e está agora no Museu do F. C. Porto, segundo informação que obtive junto de Armando Pinto do blogue Memória Portista.
ALELUIA!
Dúvida? Não.
Mas, luz, realidade
e sonho que, na luta, amadurece.
– O de tornar maior esta cidade.
Eis o desejo que traduz a prece.
e sonho que, na luta, amadurece.
– O de tornar maior esta cidade.
Eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não
sente o ardor da juventude
poderá vê-la, de olhos descuidados.
Porto – palavra exacta. Nunca ilude.
Renasce, nela, a ala dos namorados!
Porto – palavra exacta. Nunca ilude.
Renasce, nela, a ala dos namorados!
Deram tudo
por nós estes atletas.
Seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos poetas…
Ó fé de que andam nossas almas cheias!
e a brancura das asas dos poetas…
Ó fé de que andam nossas almas cheias!
Não há
derrotas quando é firme o passo.
Ninguém fale em perder! Ninguém recua…
E a mocidade invicta em cada abraço
a si mais nos estreita. A pátria é sua.
E a mocidade invicta em cada abraço
a si mais nos estreita. A pátria é sua.
E, de hora a
hora, cresce o baluarte!
Lembro a torre dos Clérigos, às vezes…
Um anjo dá sinal quando ele parte…
São sempre heróis! São sempre portugueses!
Um anjo dá sinal quando ele parte…
São sempre heróis! São sempre portugueses!
E, azul e branca, essa bandeira
avança…
Azul, branca, indomável, imortal.
Como não pôr no Porto uma esperança
se “daqui houve nome Portugal”?
Como não pôr no Porto uma esperança
se “daqui houve nome Portugal”?
(1904-1984)