- Porto e Gaia -
O comércio progredia, as fábricas pululavam por todo o bairro oriental da cidade, dito brasileiro. O tráfego para Gaia e Lisboa crescia a olhos vistos, e a bela Ponte Pênsil não chegava para as encomendas.
O comércio progredia, as fábricas pululavam por todo o bairro oriental da cidade, dito brasileiro. O tráfego para Gaia e Lisboa crescia a olhos vistos, e a bela Ponte Pênsil não chegava para as encomendas.
Em 11 de Agosto de 1880, foi aberto concurso para a
nova ponte, após o governo não ter aceite um projeto da firma G. Eiffel et Cie.
Que só contemplava um tabuleiro ao nível da ribeira, com sector levadiço na parte
central. Um projeto que mereceu um Grande Prémio na Exposição Universal de
Paris de 1878, mas não servia para uma eficaz ligação entre os núcleos urbanos
do Porto e Gaia. Por isso aquele concurso impôs como premissa necessária á conceção
de uma ponte de dois tabuleiros. Apresentaram-se numerosos concorrentes:
Société de Braine Leconte, Société des Batignolles (duas soluções), G. Eiffel
et Cie., Auguste LeCoq. Andrew Handyside, Société de Willebroek (duas soluções)
e John Wixon.
A solução escolhida foi uma das propostas pela S.
Willebroek, com projeto do Eng.º. Teophile Seyrig, discípulo de Gustave Eiffel,
e seu sócio e colega na construção da ponte D. Maria Pia.
O arco da nova Ponte tem 172m de corda e 44,6m de
flecha. Os encontros do arco, em cantaria, dão apoio aos pilares que suportam o
tabuleiro superior, realizado em forma de vigas recatas, com 391,25m de
extensão. Do arco descem os pendurais que suportam o tabuleiro inferior de 174m
de comprimento.
A estrutura da nova ponte, verdadeira filigrana de ferro que passou a ser, juntamente com a Torre dos Clérigos, o ex-libris por excelência do Porto, pesava no seu conjunto 3.045 toneladas. A ponte ficou iluminada por meio de artísticos candeeiros de gás, 24 no tabuleiro superior, 8 no inferior, e 8 nos encontros.
Mas
mesmo assim não chegava para as encomendas, mormente nas horas de ponta. Com o
espraiar das zonas urbanas do Porto e de Gaia em direção ao mar, a ponte D.
Luiz I foi-se cada vez mais convertendo em autentico, - mas venerável – gargalo
no complexo tráfego entre as duas margens do Douro.
Era preciso lançar outro elo de comunicação entre as duas margens…
Li este texto, aqui