Porquê Entre DOURO e MINHO ?


Porque, nasci numa cidade duriense das mais bonitas, Lamego. Porque, migrei para a cidade de Gaia, no início da década de 60, onde vivo a minha juventude, e permaneço até hoje. Porque, a partir da década de 90 divido a minha vida, com Cabeceiras de Basto.
É Entre DOURO e MINHO, porque complemento a minha vida com o rural duriense, o rural minhoto e o urbano, do litoral. Será desta grande região, tão diferente entre as suas gentes, mas tão NORTENHAS, que exporei uma das minhas grandes paixões - como amador e autodidacta - a fotografia, bem como escritos sobre esta tão vasta região...

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domingo, 29 de abril de 2018

Mercado do Bolhão encerrou ontem, para obras. ATÉ JÁ ...

- Porto -





O Mercado do Bolhão, no Porto, fechou ontem as portas, para que o edifício seja restaurado. Quando reabrir, segundo consta, daqui a dois anos, terá no piso térreo o mercado de frescos e no piso superior restauração e outras lojas.

O Mercado do Bolhão é o mercado emblemático da cidade. Classificado como imóvel de interesse público em 2006 e classificado como monumento de interesse público, em 2013. Existem quatro entradas principais em diferentes cotas, a entrada sul (por ventura a mais usada) dá acesso ao piso térreo é feito pela Rua Formosa, a entrada norte pela Rua Fernandes Tomás, dá acesso ao piso superior, há também as entradas laterais pela Rua Sá da Bandeira, a poente e Rua Alexandre Braga, a nascente, que dão acesso a um patamar intermédio com escadarias que ligam ambos os pisos.

Há cerca de dois séculos, o terreno onde foi erguido o típico "Mercado do Bolhão", naquele que é considerado como o verdadeiro epicentro da baixa portuense, mais não seria do que um lameiro pertencente à quinta aí existente, propriedade dos condes de São Martinho, da qual restaram pouquíssimos vestígios. O nome pelo qual é largamente conhecido derivará, tanto das características do solo, quanto da existência, nas suas imediações, de uma bica designada, precisamente, de "Fonte do Bolhão".
Apesar da Câmara Municipal do Porto o ter mandado construir logo em 1837, numa altura em que, por ordem do arquitecto e professor da Academia de Belas Artes do Porto, Joaquim da Costa Sampaio Lima (?-1864), se atribuíam os lugares no "Mercado Interno do Bolhão", foi apenas em 1851 que se iniciou a sua edificação no mesmo local onde já funcionava um mercado constituído por estruturas ainda demasiado precárias e transitórias, num momento em que uma das artérias mais movimentadas da cidade - a Rua Sá da Bandeira - começava a ser rasgada.
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Situado na freguesia de Santo Ildefonso, o mercado foi transformado no que é hoje pelo arquitecto António Correia da Silva em plena 1.ª Grande Guerra Mundial, entre 1914 e 1917, depois de, em 1910, o anteprojecto do Eng.º Casimiro Barbosa ter sido aprovado.
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Ocupando todo um quarteirão, o "Mercado do Bolhão" apresenta planta rectangular alongada, com linhas arquitectónicas e gramática decorativa de fundo neoclássico tardio, algo aproximado às do arquitecto José Marques da Silva (1869-1947), como a "Estação de São Bento", não só na linguagem arquitectónica como na própria monumentalidade exibida que, no caso do mercado, será acentuada pelos torreões colocados nas esquinas. Ademais, o facto de ambos terem cursado em Paris poderá explicitar a forte influência exercida pela denominada arquitectura da École de Beaux Arts nas suas respectivas opções estéticas.
(in Património Cultural)